Este mês em Miami Beach: o negócio da preservação começa (14 de maio de 1979)

Em 14 de maio de 1979, o Distrito Histórico Art Déco de Miami Beach foi oficialmente listado no Registro Nacional de Lugares Históricos dos Estados Unidos, marcando um marco importante não apenas para a cidade, mas também para a preservação arquitetônica em todo o país. O que tornou a designação tão especial? Foi o primeiro distrito composto principalmente por arquitetura do século XX, construído em grande parte nas décadas de 1930 e 1940, a receber esse reconhecimento nacional.

Caracterizados por cores pastéis, janelas em formato de escotilha e linhas geométricas elegantes, os edifícios Art Déco de Miami Beach oferecem mais do que apenas charme vintage; eles contam uma história de resiliência, reinvenção e estilo icônico. A designação ajudou a salvar muitas dessas estruturas da demolição e consolidou Miami Beach como uma capital global do design.

O momento também desencadeou uma transformação econômica.

À medida que os edifícios eram restaurados e reinventados, o Distrito Art Déco tornou-se um polo de atração para investimentos e turismo. Incorporadoras enxergaram oportunidade na onda de preservação e começaram a revitalizar hotéis antes decadentes, transformando-os em destinos elegantes e procurados. No final da década de 1980 e início da década de 1990, visionários como Tony Goldman ajudaram a transformar South Beach em um polo cultural e comercial. Celebridades se mudaram para lá, grandes eventos se consolidaram e o brilho neon do distrito se tornou um dos skylines mais famosos do mundo.

Até 2023, A Grande Miami e Miami Beach receberam mais de 27,2 milhões de visitantes, gerando um gasto estimado de $21,1 bilhões. O turismo contribuiu com quase $30 bilhões em impacto econômico geral e mais de $19 bilhões em produto interno bruto, representando 9% do PIB total do Condado de Miami-Dade. O setor gerou mais de 200.000 empregos, gerando $11 bilhões em salários em todo o condado.

Hoje, o Distrito Art Déco continua atraindo visitantes do mundo todo e permanece como um pilar da identidade cultural e econômica da cidade. Nada mal para edifícios que antes eram considerados novos demais para serem históricos.